À semelhança dos nossos políticos e governantes, em vez de endireitar o quadro que estava torto, desalinhou todos os outros quadros que estavam direitos.
Em Portugal não há comentador televisivo, de café ou das redes sociais que não garanta a urgência de serem implementadas reformas essenciais para o crescimento. E quando os ouvimos elencar os problemas do nosso país, é difícil não estarmos de acordo. O pior é quando os ouvimos propor as soluções.
Fazem-me sempre lembrar o Mr Bean quando entrou em casa e constatou que um dos seus quadros pendurados na parede estava torto. E o que é que ele fez? À semelhança dos nossos políticos e governantes, em vez de endireitar o quadro que estava torto, desalinhou todos os outros quadros que estavam direitos.
Não posso, por isso, deixar de recordar aqui a resposta de Lorde Eldon, Grande Chanceler da Grã-Bretanha, quando em 1820, lhe propuseram um pacote de reformas essenciais: “Reformas? Reformas? Mas isto já não está suficientemente mau?”