A lei portuguesa também exige o mesmo grau de certeza no crime de corrupção. Daí que toda a gente tenha a certeza onde a justiça, por força da lei, é obrigada a ter eternas dúvidas.
A lei portuguesa sobre a corrupção é extremamente fácil de compreender através de uma anedota alentejana.
O marido estava convencido de que a mulher o andava a enganar com outro homem. Pediu, então, a um amigo para seguir a mulher. O amigo assim fez e veio contar-lhe o que viu. A mulher, acompanhado por um homem, entrou num quarto de um motel. Ele espreitou pelo buraco da fechadura e viu que se despiram e se meteram na cama. A partir daqui já não conseguiu ver mais nada porque eles apagaram a luz. Perguntou-lhe o marido ansioso: “Mas não os viste fazer amor?”. “Não, não vi, eles apagaram a luz”. “Bolas”, clama o marido, “a eterna dúvida.”
A lei portuguesa também exige o mesmo grau de certeza no crime de corrupção. Daí que toda a gente tenha a certeza onde a justiça, por força da lei, é obrigada a ter eternas dúvidas.