A Quercus é parceira do Festival que decorre de 9 a 17 de Agosto.
A Quercus vai estar presente na apresentação do filme de Frederico Lobo “Quando a terra foge” que teve estreia mundial no Festival de Cannes – Quinzena dos Realizadores.
Entre o nevoeiro, num pleno labirinto do tempo, onde máquinas escavadoras sondam as profundezas geológicas da montanha, um pastor vai em busca de uma vaca perdida.
No filme aborda-se a questão da exploração do lítio em Trás-os-Montes, que indiretamente já levou à queda do governo socialista português de António Costa.
Este filme parece está entre o documentário e a ficção, com uma certa dicotomia entre a maquinaria, por um lado, e o mundo rural, por outro.
Para o realizador esta questão da mineração acaba por ser uma questão que não é uma questão isolada, que é uma coisa que ao longo dos séculos, aumentou exponencialmente.
Aborda a questão do progresso e da forma como se relaciona com os territórios e com as suas populações. É uma coisa que, por exemplo, na própria zona de Trás-os-Montes já teve um impacto muito grande, como nas minas de volfrâmio.
Este mega projeto de mineração que vai ocupar ou que pretende ocupar uma escala de território imensa relacionado com a escala, o território, a zona do Barroso é uma coisa que também já tem antecedentes.
As questões extractivistas, como por exemplo, com a construção de barragens que acabaram por submergir aldeias inteiras.
As classificações atribuídas pela UNESCO na região do Barroso ou no Douro estão em risco com a exploração de lítio que se pretende fazer.
O lítio de Portugal corresponde apenas a 0,26% do total mundial, sendo que a instalação em países com maior disponibilidade implicará à partida uma pegada ecológica mais baixa.
Se puder vá ao festival. E lembre-se de ajudar a preservar o ambiente!