ANTEM volta a afirmar a necessidade de criação da profissão do Técnico de Emergência Médica / Paramédico

Após a noticia da morte de um cavaleiro colhido por um touro em Almeida a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica reitera uma vez mais a pertinência da criação, com efeitos imediatos da profissão do Técnico de Emergência Médica / Paramédico.

Numa nota de imprensa chegada à nossa redação a ANTEM, volta a reforçar a importância da criação da profissão do Técnico de Emergência Médica / Paramédico, esta reivindicação surge na sequencia de uma noticia que dá conta de uma serie de constrangimentos que surgiram no socorro a um homem de 53 anos de idade, que foi colhido por um touro em Almeida que veio a falecer.

Na nota que aqui publicamos na integra pode ler-se que a ANTEM pretende que o nosso pais siga o modelo que já é adotado em muitos países com elevada taxa de sucesso.

A ANTEM – Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica, na sequência da noticia “cavaleiro morre em Almeida colhido por um touro”.

A ANTEM, reitera uma vez mais a pertinência da criação, com efeitos imediatos da profissão do Técnico de Emergência Médica / Paramédico – Profissionais capacitados com base de educação em Paramedicina (ciência médica) para responder adequadamente a situações complexas conforme o caso que lamentavelmente ocorreu no dia de hoje, que não é uma exceção, mas tem vindo ser recorrente. 

Fazer saber que, estes profissionais, teriam que ser regulados por Médico com características muitos especiais em termos de Serviços Médicos de Emergência, conhecedores de diversas vertentes, que envolvem estes serviços, que não só a medicina.

Os Técnicos de Emergência Médica / Paramédicos estariam capacitados para a prática médica na rua, à semelhança de outros países, com escopo, prática e conhecimentos científicos. Existem diversos países com este modelo há décadas, que em boa verdade são detentores de melhor educação, prática e escopo que as equipas das VMER em Portugal, e esta é uma verdade que não pode ser negada.  

Como já anteriormente reiteramos, as VMER não podem ser a única solução, não cobrem o país de forma uniforme e em tempo útil, principalmente no interior do país, quando os tempos de chegada muitas vezes chegam a ser superiores a 60 minutos, ou até mais.

Afigura-se a necessidade de haver outros profissionais que assegurem o vazio entre a chegada do primeiro meio (ambulância) integrando esta, e a eventual chegada do Heli ou da VMER – e que no caso da inexistência desta ou da sua demora, possam providenciar os cuidados básicos e avançados, quer em trauma quer em eventos de doença súbita e o devido transporte para cuidados definitivos.

Elencar o que a VMER pode ou não fazer e quais as suas valências, não salva vidas, nem resolve o problema da inoperacionalidade. Podemos afirmar que essa publicidade é constantemente produzida, mas efeitos práticos são inexistentes, o que lamentavelmente temos vindo a denunciar.

Nesta senda, e dada a tomada de posse do Ex.mo Senhor Ministro da Saúde, a ANTEM espera sinceramente que todas estas variantes sejam devidamente analisadas, e a solução seja aquela que já tarda em ser proporcionada, a criação do Técnico de Emergência Médica / Paramédico, com educação de nível superior, há semelhança de outros países, usando os modelos dos mesmos com as alterações culturais que se afigurem necessárias, por forma a garantia a existência de verdadeiros Serviços Médicos de Emergência.

11/09/2002

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