Não é dos fascistas, dos anarquistas e dos comunistas e das suas ideias idiotas que devemos ter medo.
Quem pensar que salva a democracia amordaçando os fascistas, os anarquistas e os comunistas está completamente enganado. «Não há machado que corte a raiz ao pensamento». E isto tanto serve para as boas como para as más ideias.
A mordaça tem um efeito multiplicador terrível. Deixem-nos falar.
Não é dos fascistas, dos anarquistas e dos comunistas e das suas ideias idiotas que devemos ter medo. De quem devemos ter medo é da pessoa que vive dentro de cada um de nós. Essa é que é perigosa se não tiver valores morais e um código ético para se guiar.
Com efeito, à esmagadora maioria das pessoas, falta-lhe um código ético que as guie nas suas vidas. A maioria perdeu completamente o sentido da justiça, da decência e da rectidão.
Hoje, o que nos leva a criticar ou a defender determinada coisa não é a coisa em si mesma, mas o facto de isso nos favorecer ou não. Ou seja, o nosso problema é muito mais moral do que ideológico. E é isso que está a contaminar e a corroer os alicerces da nossa ainda frágil democracia.