Acontece que Portugal teve o azar de ter sido governado, desde o 25 de Abril, por sucessivos Governos cujos governantes beberam, até à última gota, a cultura salazarista do Portugal Glorioso da Lisboa Imperial, em vez de olharem para o modelo de sucesso holandês das cidades médias.
Juntamente com o pacote “Mais Habitação”, António Costa apresentou um mapa que é absolutamente esclarecedor: nas regiões de Lisboa e Porto, há casas em falta e excesso de pessoas e, no resto do território, há excesso de casas e falta de pessoas, o que significa que a população está mal distribuída pelo território nacional. Consequentemente, a única solução tem de passar obrigatoriamente por obrigar a deslocalizar uma parte substancial da população que se amontoa nas regiões de Lisboa e Porto.
Acontece que Portugal teve o azar de ter sido governado, desde o 25 de Abril, por sucessivos Governos cujos governantes beberam, até à última gota, a cultura salazarista do Portugal Glorioso da Lisboa Imperial, em vez de olharem para o modelo de sucesso holandês das cidades médias.
E actualmente, só já há uma solução para resolver este problema estrutural que é a causa de todos os nossos males. Ou seja, a deslocalização da sede do Governo, dos ministérios, das secretarias de Estado e das Direcções-Gerais para o interior do território nacional.
Só uma reforma desta dimensão tem hoje capacidade para gerar um efeito bola de neve, porque arrastava consigo gente activa e qualificada em número suficiente para atrair investimento, empresas, hospitais, serviços públicos, etc. e, por acréscimo, promover o crescimento económico e dar utilidade ao aeroporto de Beja.