O Dia da Sobrecarga da Terra é uma data simbólica que ilustra a pressão que a atividade humana exerce sobre os recursos naturais do planeta.
A humanidade vai esgotar em 01 de agosto os recursos naturais que a Terra tem capacidade para renovar durante este ano, segundo cálculos da organização internacional para a sustentabilidade Global Footprint Network. De acordo com a organização, a humanidade vai usar em sete meses o que a Terra demora 12 meses a regenerar.
Esse dia é calculado com base em estatísticas da ONU e tem a ver com a quantidade de recursos que a terra consegue providenciar num ano e pela procura de recursos por parte da humanidade e com as emissões e com a poluição que a nossa espécie provoca.
Tem também a ver com a desflorestação e ocupação do solo, com o peixe e outros animais que se consome e com os minerais que se extraem.
Comparativamente com 2023, o esgotamento dos recursos – que marca o Dia da Sobrecarga da Terra – é antecipado em um dia em 2024. Tal se deve, em parte, a uma ligeira redução nas emissões de carbono que é sobrecompensada por um nível menor de sequestro de carbono pelos oceanos, segundo uma nota da Global Footprint Network. No entanto os outros recursos continuam a ser muito sobre-explorados.
Em Portugal, a situação é ainda mais crítica. O país esgotou em 28 de maio os seus recursos naturais para este ano e começou a usar os de 2025, de acordo com a mesma organização. Este facto coloca em evidência a necessidade urgente de medidas eficazes para a gestão sustentável dos recursos naturais.
O Dia da Sobrecarga da Terra é uma data simbólica que ilustra a pressão que a atividade humana exerce sobre os recursos naturais do planeta. Este indicador é calculado pela comparação entre a biocapacidade da Terra, ou seja, a capacidade do planeta para regenerar os recursos naturais e absorver o dióxido de carbono, e a pegada ecológica da humanidade, que representa a demanda de recursos pela população global.
A antecipação do Dia da Sobrecarga da Terra é um alerta claro para a necessidade de mudanças profundas e imediatas nas políticas e comportamentos globais. A redução das emissões de carbono, a promoção de energias renováveis, a conservação das florestas e dos oceanos, e a adoção de práticas de consumo sustentável são algumas das ações essenciais para inverter esta tendência preocupante.
Em Portugal, ações como a promoção da eficiência energética, a redução do desperdício alimentar, a proteção dos ecossistemas e a sensibilização da população para a importância da sustentabilidade podem contribuir significativamente para uma utilização mais responsável dos recursos naturais.
A mensagem da Global Footprint Network é clara: o esgotamento antecipado dos recursos naturais sublinha a necessidade de um compromisso global para a sustentabilidade. Somente através de esforços concertados e mudanças significativas nas práticas de consumo e produção será possível garantir um futuro equilibrado e sustentável para as gerações futuras.