Estes estudos devem ser tidos em conta quando se preveem temperaturas médias cada vez mais elevadas, para se poder planificar que plantas plantar e em que regiões de modo.
Uma equipa internacional liderada por investigadores do Swiss Federal Institute for Forest, Snow and Landscape Research (WSL) e que incluiu também cientistas de universidades espanholas e francesas, investigou a tolerância ao calor em florestas da Suíça, sul de França e em Espanha no Verão de 2023, quando a temperatura chegou a valores muito elevados.
Inês Sequeira, da Wilder, divulgou em Portugal a investigação cujos resultados foram publicados em agosto deste ano na revista científica Global Change Biology.
Os trabalhos de investigação foram realizados no Verão 2023, numa altura em que a temperatura atingiu níveis extremos, com o termómetro a chegar quase aos 50ºC nalgumas faixas de florestas de azinheiras (Quercus ilex) em França.
Depois de estudarem a reação das azinheiras, do carvalho-branco (Quercus petrea) e do carrasco (Quercus coccifera) às temperaturas elevadas, tanto na Suíça como em Espanha e no sul de França, os investigadores confirmaram que as três espécies conseguem aguentar calores espantosamente elevados.
“As folhas no topo das copas alcançaram temperaturas de 50ºC em Agosto, o que é bastante incrível”. Ao nível do solo, o termómetro nesses dias mediu entre 40ºC a 42ºC, mas as árvores resistiram bem ao calor.
Como é isso possível?
O trabalho destacou que os mecanismos por detrás da tolerância ao calor e da regulação da temperatura das folhas em carvalhos incluem uma combinação de elevado arrefecimento evaporativo, grandes limites de tolerância ao calor e desacoplamento estomático (um mecanismo que as folhas têm para resistir ao calor).
Em contrapartida, a equipa acredita que as árvores de folha caduca irão ser mais afetadas por ondas frequentes de calor. “Algumas espécies irão provavelmente atingir os seus limites se as ondas de calor se tornarem mais extremas”, avisa a investigadora.
Estes processos devem ser considerados para prever com precisão os danos, a sobrevivência e a mortalidade das plantas durante as ondas de calor extremas.
Estes estudos devem ser tidos em conta quando se preveem temperaturas médias cada vez mais elevadas, para se poder planificar que plantas plantar e em que regiões de modo
Devemos pensar em plantar espécies autóctones, que estejam bem adaptadas ao clima da região.
Se protegermos as árvores grandes estamos também a contribuir a que haja menos problemas.
Recorde-se que as árvores dão sombra e ajudam a manter as temperaturas mais amenas.
E lembre-se de ajudar a preservar o ambiente!