Se Putin tivesse decidido invadir os países bálticos, a Finlândia ou a Suécia, quantos europeus estariam dispostos a dar a vida pela União Europeia e pelos valores da liberdade e da democracia?
A invasão da Ucrânia veio despertar os europeus para a casa de palha em que construímos a nossa residência comum. Felizmente, Putin não leu a história do Lobo Mau e dos Três Porquinhos. Caso contrário, estaríamos a fazer agora aquilo que fazem os meninos ricos que vivem à conta dos pais e passam os dias a dizer mal deles, quando se vêem num aperto: a gritar pelo paizinho.
Se Putin tivesse decidido invadir os países bálticos, a Finlândia ou a Suécia, quantos europeus estariam dispostos a dar a vida pela União Europeia e pelos valores da liberdade e da democracia? Para se pegar em armas contra o invasor, é necessário ter um sentimento de pertença: à família, à comunidade e ao território. Ou seja, é necessário um cidadão ter valores pelos quais está disposto a dar a vida. E os únicos valores que por aqui são conhecidos são as notas dos euros.
Deus abençoe a América! Como agora se constata, sem os EUA, a União Europeia, assim como a nossa liberdade e a nossa democracia, são um castelo de cartas que se desmoronam ao primeiro sopro.