Falha nas comunicações põe em causa qualidade do socorro

Emergência Médica viu-se confrontada com uma falha da principal operadora de comunicações móveis que suporta a maioria das comunicações de dados e voz do Instituto Nacional de Emergência Médica.

O sindicado dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, tornou publica a situação com que a Emergência Médica se viu confrontada nos últimos dias em consequência da falha da principal operadora de comunicações móveis que suporta a maioria das comunicações de dados e voz do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Segundo o comunicado emitido pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar esta falha causa constrangimentos ao nível das comunicações internas dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) com os meios próprios do INEM, mas também afeta as comunicações com os parceiros Bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa e estes constrangimentos poderiam ainda ser maiores não fosse a disponibilidade das dezenas de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) que, estando nos CODU, usam os telemóveis pessoais para comunicar com as equipas no terreno.
No mesmo documento o STEPH estranha o facto das nas comunicações de voz o INEM ter utilizado a redundância da rede SIRESP, mas no que concerne aos dados tal redundância estranhamente não se verifica. Ou seja, na impossibilidade do não envio dos registos clínicos dos vários dados dos doentes, ficam vários protocolos por validar, de que é exemplo o protocolo de dor torácica que permite diagnóstico e tratamento precoce das vítimas de enfarte agudo do miocárdio.

No mesmo comunicado o STEPH afirma que o conselho diretivo do INEM falta mais uma vez à verdade negando quaisquer constrangimentos.

“Este conselho diretivo que no passado dia 15 de Janeiro anunciou com pompa e circunstância o resultado de dois meses do protocolo em que as ambulâncias de emergência médica realizaram mais de 1500 eletrocardiogramas, vem agora ignorar que estes mesmos eletrocardiogramas não produzam resultados por falhas no envio dos mesmos para os CODU.”
O STEPH, mais uma vez denunciará à tutela estas incoerências do INEM e não deixará de exigir um conselho diretivo mais capaz de dar as respostas que os Portugueses e os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar precisam.”

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