Em entrevista ao jornal Aponte, Rui Varela, presidente da Acorpsor, traça um retrato realista da campanha da azeitona que se avizinha: produção moderada, frutos saudáveis, mas afetados pela falta de chuva.
Com a campanha da azeitona prestes a arrancar, Rui Varela, presidente da direção da Acorpsor – Associação de Criadores de Ovinos da Região de Ponte de Sor, partilhou a sua análise sobre o estado dos olivais e as perspetivas para o azeite nacional.
A gravação do programa decorreu num cenário simbólico: à sombra de uma oliveira, onde Rui Varela destacou que “será uma campanha de média dimensão, equilibrada, mas longe de bater recordes”. A seca prolongada é o principal fator de preocupação. “Alguns terrenos, principalmente nas areias, mostram oliveiras em sofrimento. O défice hídrico já é perfeitamente notório”, afirmou.
Apesar das dificuldades, há boas notícias: “O estado sanitário é bom. Mesmo quem não tratou tem azeitonas sãs”, sublinhou o dirigente. Com estas chuvas, os frutos poderão recuperar em aparência, mas o azeite já está praticamente formado, o que limita o ganho em teor de gordura.
Sobre os preços, Varela referiu que “os virgens extra já estão nos 4,30€, mais coisa menos coisa”, e alertou para a situação crítica no sul de Espanha, onde a seca é ainda mais severa. “Se a produção espanhola cair, o preço naturalmente irá subir”, explicou.
Acompanhe o vídeo completo no canal do jornal aponte e fique a par dos próximos desenvolvimentos da campanha.

